O Som Mais Doce
Segunda, 18 de abril, às 23h45
Transmissão: Tv Cultura
(Alan Berliner / 2001 / EUA / 55’)
“Como transmitir a força, a magia e o mistério dos nomes? A maneira como conferem identidade? Funcionam como histórias resumidas: uma série de códigos que nos dizem de onde viemos, quem somos, quem éramos e, às vezes, até quem gostaríamos de ser? A única maneira de fazer isso seria examinando um nome cuidadosamente. O meu próprio.” – Alan Berliner. Alan Berliner é advogado em Columbus, Ohio. Alan Berliner é assistente social em Seattle, Washington. Alan Berliner é um fotógrafo de celebridades em Los Angeles, Califórnia. Cansado de ser confundido com essas pessoas e com quem mais que tenha o mesmo nome, Alan Berliner, o cineasta de Nova York – não confundir com o cineasta belga Alain Berliner – resolveu se livrar da temível Síndrome do Mesmo Nome. Sua solução: convidar todos os Alan Berliners do mundo para jantar na sua casa.Com a intimidade e o humor de um ensaio pessoal, Berliner mergulhou de cabeça no pool de nomes americanos à procura dos tesouros e perigos escondidos em seu próprio nome. Esse filme que começa com a procura de identidade e lentamente se transforma em uma meditação sobre a mortalidade. Ele pergunta para os pais a origem de seu nome, para sua irmã sobre o nome que deu para seus filhos e visita a Jim Smith Society, a National Linda Convention, as ruas de Nova York, memoriais com nomes do Holocausto, o Memorial do Vietnã e a AIDS Quilt. Ele também descobriu novas mudanças de nome surpreendentes em Ellis Island. Um documentário que faz pensar duas vezes a respeito do quê, do por quê e do onde contidos em cada nome. O Som Mais Doce traz a assinatura inimitável de Berliner.
Vaidade
Terça, 19 de abril, às 23h45
Transmissão: Tv Cultura
(Fabiano Maciel / 2003 / Brasil)
A pé, de bicicleta ou de barco, centenas de mulheres na Amazônia ganham o seu sustento vendendo cosméticos. Seja usando produtos industrializados ou fórmulas caseiras, o desejo de ser atraente está presente até nos lugares mais remotos do Brasil. Esse é o tema do documentário Vaidade. O filme foi prêmio Petrobrás de Roteiro em 2001 e menção honrosa da TV Cultura no Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo em 2002.
Kakfa Vai ao Cinema
Quarta, 20 de abril, às 23h30
Transmissão: Tv Cultura
(Hanns Zischler / 2002 / França e Alemanha / 52′)
Franz Kafka queria captar imagens cinematográficas fugidias. Hanns Zischler abordou as aventuras noturnas de Kafka em seu livro Kafka vai ao cinema. Aqui, usando filmagens contemporâneas (Paris, viagens de trem, travessia de Berlim etc), ele revela e recria o contexto estético dos primeiros filmes, tornando audível e visível no presente o que passou e se perdeu, tirando-o das salas escuras do início do século 20 e trazendo à superfície com filme digital. O filme abre com duas visitas sucessivas que formam sua base: uma à biblioteca Bodleian, em Oxford, que guarda quase toda a correspondência de Kafka, e outra à Cinemateca Francesa, onde o nascimento do cinema é meticulosamente preservado. Até a 1ª Guerra Mundial, a sétima arte era considerada por muitos intelectuais um mero espetáculo secundário, um entretenimento incapaz da mais leve invenção artística. Kafka foi um dos poucos que entendeu imediatamente sua força extraordinária. Enquanto os primeiros espectadores experimentaram uma reação de pânico diante do trem que entrava na estação em La Ciotat, o autor de Na Colônia Penal referia-se com humor a essa fascinante “iluminação de um cadáver”, que era, no seu ponto de vista, a presença de um ser humano na tela. Começando com as imagens nervosas dos primeiros filmes e os cartões postais, ou cartas, nas quais Kafka anotou suas impressões ao deixar os auditórios escuros, Hanns Zischler segue a pista do escritor, fazendo-o viver aventuras noturnas emocionantes de uma forma inspirada e cinematográfica.
Por Trás do Arco-Íris
Quinta, 21 de abril, às 23h45
Transmissão: Tv Cultura
(Jihan El-Tahri / 2008 / África do Sul, França e Egito / 120′)
O poder devorará um sonho? “Por trás do Arco-íris”, explora a transição do Congresso Nacional Africano, de uma organização de libertação, para o partido no poder da África do Sul, através da evolução da relação entre dois chefes, Thabo Mbeki e Jacob Zuma. Exilados durante o apartheid, eles eram companheiros de armas e sob Mandela trabalharam lealmente para construir um estado não-racial. Eles são agora rivais empedernidos. Seu duelo ameaça dividir o CNA e o país, enquanto que os pobres esperam avidamente uma mudança e a elite disputa o butim da vitória. “Por trás do Arco-íris” apresenta entrevistas–chaves com os dirigentes atuais e antigos do CNA, inclusive Jacob Zuma, Kgalema Motlanthe, Pallo Jordan, Thabo Mbeki e Terror Lekota.
Cuba, uma Odisseia Africana, Parte 1
Sexta, 22 de abril, às 00h00
Transmissão: Tv Cultura
(Jihan El-Tahri / 2007 / França / 59\’)
Na África, no início dos anos 60, quatro adversários, com interesses conflitantes se defrontam: os soviéticos querem estender sua influência, os Estados Unidos pretendem se apropriar das riquezas naturais do continente, os impérios antigos procuram reanimar seu poder colonial vacilante e as nações jovens defendem sua nova independência, armados com um ideal: internacionalismo. Africanos revolucionários como Patrice Lumumba. Amicar Cabral ou Agostinho Neto chamam guerrilheiros cubanos para ajudar em sua luta. E os homens de Fidel Castro vão desempenhar um papel central no continente depois da epopeia tragicômica de Che Guevara no Congo até o triunfo da batalha de Cuito Cuanavale em Angola. De 1961 a 1969, da campanha de Che Guevara no Congo à batalha angolana de Cuito Cuanavale, esse filme, em forma de epopeia, arquivos e entrevistas, revela um episódio importante do combate leste-oeste para ocupar posições estratégicas e controlar matérias-primas e fontes de energia, cujas repercussões explicam a África de hoje.
Robert Capa – no Amor e na Guerra
Domingo, 24 de abril, às 20h30
Transmissão: Tv Cultura
(Anne Makepeace / 2003 / Estados Unidos)
Robert Capa, o grande documentarista da guerra no século 2º, fotografou cinco conflitos épicos, em três continentes nos 40 curtos anos de sua vida. Era um pacifista que andou em tanques, desviou-se de balas e marchou nas linhas de frente. Ele migrou dos cafés esquerdistas da Europa Oriental para Hollywood no seu apogeu. Foi o único fotógrafo que estava com a primeira onda de soldados no desembarque na Normandia, no Dia-D. Jogou pôquer com Ernest Hemingway, fotografou Pablo Picasso e teve um romance com Ingrid Bergman. Foi um dos fundadores da pioneira Agência Magnum de Fotografia. Viveu uma vida movimentada e alegre, contribuindo para seu próprio mito.
Robert Capa: No Amor e na Guerra acompanha a transformação de Endre Friedmann – de um menino judeu em Budapeste, a refugiado de guerra em Berlim e Paris, a Robert Capa. Aos 23 anos, ele se tornou o mais famoso fotógrafo de guerra no mundo e sua vida acompanhou um período incrível da história moderna. Ele fotografou a Guerra Civil Espanhola e a invasão japonesa na China, o teatro europeu da 2ª Guerra Mundial e a primeira guerra árabe-israelense. Em 1954, Capa deixou a chefia da Magnum, em Nova York, depois de seis anos, e voltou ao front para fotografar a guerra franco-indochinesa. Ironicamentem morreu devido à explosão de uma mina terrestre.
Robert Capa: No Amor e na Guerra mostra um homem complexo que, mesmo olhando diretamente para a violência no mundo, amava ainda mais a humanidade. Filmes de arquivo mesclados com fotografias e filmes originais de recreação iluminam as palavras e evocam a realidade – às vezes dura, às vezes românticas, sempre autênticas dos colegas e amigos de Capa. Henri Cartier-Bresson, Françoise Gilot, Milt Wolfe, Elliot Erwitt, Hiroji Kubota, Micha Bar-Am e Eva Besnyö, amiga de infância de Capa que o ensinou a usar uma câmera quando ainda eram jovem expatriados, estão entre os que contam suas histórias para a câmera.
Numa entrevista fascinante, Isabella Rossellini lê o diário de sua mãe e conta o romance clandestino, destinado a não dar certo, entre Bergman e Capa. Enquanto ela reflete que o filme Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock seria baseado nesse relacionamento, vemos imagens desse casal inadequado.
Steven Speilberg, que baseou a abertura de O Resgate do Soldado Ryan, quadro a quadro, nas fotos de Capa do Dia-D, fala de sua influência e de seu impacto: “Não era bonito. Era feio, violento e imediato. As imagens eram de caos e loucura. Fiz o possível para que minha câmera captasse o dia 6 de junho de 1944 exatamente como nas fotos de Bob Capa.”
Com o acesso exclusivo a um legado magnífico de 70.000 negativos no Centro Internacional de Fotografia, Cornell, o irmão mais moço de Capa, pela primeira vez confiou em nós para que déssemos vida a seu fotojornalismo e a seu trabalho – um trabalho que atingiu novas dimensões de realismo e compaixão. John Steinbeck disse uma vez que Capa “podia fotografar movimento e alegria e sofrimento. Ele podia fotografar o pensamento.” Robert Capa, por outro lado, disse: “Se suas fotografias não ficaram boas, foi por que você não se aproximou suficientemente.”
+informações: http://www.tvcultura.com.br/
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